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Vencedor da 6ª Edição do Prémio Alberto Sampaio

A Academia das Ciências de Lisboa tem o prazer de anunciar que Gonçalo Marques é o vencedor da 6ª edição do Prémio de História Alberto Sampaio, com o ensaio “Do Vinho de Deus ao Vinho dos Homens: o Vinho, os Mosteiros e o Entre Douro e Minho”.

Este prestigiado prémio reconhece trabalhos de excelência na área da História e tem como objetivo promover e incentivar investigações de qualidade neste campo. O ensaio do Professor Gonçalo Marques destacou-se pela sua contribuição significativa para o entendimento da história do vinho na região do Entre Douro e Minho, bem como pelo rigor e profundidade da pesquisa realizada. A Academia das Ciências de Lisboa felicita Gonçalo Marques pelo seu trabalho notável e pelo merecido reconhecimento com o Prémio de História Alberto Sampaio 2023. A Academia das Ciências de Lisboa agradece a todos os participantes e envolvidos neste prémio e reitera o seu compromisso em apoiar e promover a investigação histórica em Portugal. Para mais informações sobre o Prémio de História Alberto Sampaio e outras iniciativas da Academia das Ciências de Lisboa, por favor, visite o nosso site oficial.

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Bicentenário da Constituição de 1822 – e-book acesso livre

Imagem: Constituição politica da monarquia portugueza . – Lisboa : Imprensa Nacional, 1822. – 100 p. ; 8º (20 cm). – Pert.: Livraria do Convento de Nossa Senhora de Jesus de Lisboa. COTA: BACL 11 315 20

A Academia das Ciências de Lisboa organizou, em 7 de outubro de 2022, uma sessão especial em comemoração do bicentenário da Constituição Portuguesa de 1822. O evento contou com a presença do Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e reuniu destacados constitucionalistas como oradores convidados. Durante a sessão, foram apresentadas reflexões abrangentes sobre a importância histórica da primeira Constituição Portuguesa e o contexto político que a envolveu. Os constitucionalistas Jorge Miranda, Vital Moreira, Maria Lúcia Amaral e Gonçalo de Almeida Ribeiro contribuíram com comunicações significativas, ficando o encerramento da sessão a cargo de Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente da Comissão para as Comemorações do Bicentenário do Constitucionalismo em Portugal.
Como resultado dessa celebração, a Academia das Ciências de Lisboa tem o prazer de anunciar o lançamento de mais um livro em formato digital que reúne as contribuições apresentadas durante o evento. Este livro representa uma adição relevante ao conhecimento sobre os primórdios da história constitucional portuguesa e está agora disponível para todos os interessados na Biblioteca Digital do site da ACL.

Consultar livro Aqui

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Bicentenário da Independência do Brasil – e-book acesso livre

Imagem: “Independência ou Morte”: óleo de Pedro Américo (1888)

Fez agora um ano que, para celebrar o bicentenário da Independência do Brasil, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras realizaram uma sessão conjunta. Este evento contou também com a colaboração da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Mineira de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. A sessão deu destaque à participação dos académicos brasileiros, reconhecendo a importância especial da data para o Brasil, que celebra a sua independência. Durante a sessão, os académicos José Murilo de Carvalho, Arno Wehling, Caio Boschi, Laura de Mello e Souza e Guilherme d’Oliveira Martins, partilharam reflexões sobre o significado e a memória desse acontecimento que moldou o presente e o futuro de dois países que compartilham um legado comum.
No seguimento desta conferência, anunciamos agora o lançamento do livro, em formato digital, que reúne as comunicações apresentadas. Esta publicação é um testemunho da riqueza da história compartilhada entre duas nações e já está disponível na Biblioteca Digital do site da Academia das Ciências de Lisboa.

Consultar livro Aqui

 

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Abertura do ano académico 2023/24

No dia 15 de setembro, realizou-se a abertura do ano académico 2023/24 na Academia das Ciências de Lisboa, com uma sessão dedicada a homenagear o Abade José Correia da Serra no bicentenário da sua morte. O Abade José Correia da Serra foi um dos fundadores da Academia das Ciências de Lisboa e um destacado académico português, cujas contribuições científicas foram amplamente reconhecidas pela comunidade científica da sua época, sobretudo nos domínios da botânica e geologia.


Este evento incluiu o lançamento de um postal dos CTT em sua homenagem. Para quem não pôde estar presente, a sessão está disponível no nosso canal de YouTube.


No próximo ano académico, esperamos trazer mais atividades e eventos interessantes. Estejam atentos!

Fotografia: © CTT – Correios, Telégrafos e Telefones.

 

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Teodora Cardoso (1942-2023)

A Academia das Ciências de Lisboa expressa o seu profundo pesar pela morte de Teodora Cardoso, sócia correspondente da secção de economia e finanças da Classe de Letras.

Teodora Cardoso personificou de forma notável as qualidades de rigor, isenção e determinação profissional desinteressada, ao longo de uma notável carreira de serviço público no Banco de Portugal e no Conselho de Finanças Públicas, de que foi a primeira Presidente.

A Academia das Ciências de Lisboa apresenta sentidas condolências à família de Teodora Cardoso.

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Academia das Ciências de Lisboa empresta quadro de Domenico Pellegrini à Biblioteca Municipal de Serpa para celebrar Bicentenário de Correia da Serra


A Academia das Ciências cedeu, a título de empréstimo, uma obra de arte para assinalar o bicentenário do nascimento do abade José Correia da Serra. O quadro, pintado pelo artista italiano Domenico Pellegrini, retrata o Abade Correia da Serra aos 48 anos de idade.
A Biblioteca Municipal de Serpa exibirá a pintura no próximo dia 9 de setembro, das 10h00 às 13h00, como parte das celebrações em homenagem a este botânico, diplomata e filósofo. O evento é uma oportunidade para os visitantes apreciarem a obra e refletirem sobre o legado de Correia da Serra na ciência e na cultura. A contribuição da Academia das Ciências de Lisboa para esta celebração destaca a importância da preservação do património cultural e científico de Portugal, enriquecendo as festividades que marcam o bicentenário do nascimento de um dos filhos mais notáveis da região.

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Intervenção de conservação e restauro no retrato de José Correia da Serra

Autoria: Domenico Pellegrini (1749-1840) | Data: Século XVIII, 1799.| Técnica: Óleo sobre tela.| Dimensões: Tela: 76,5 x 63,5 – Moldura 93 x 83,5 | Nº de Inventário: ACL-PIN-0041

Passaram duzentos anos desde o falecimento de uma das mais célebres figuras na História da Academia das Ciências de Lisboa; porém, as suas contribuições não caíram no esquecimento.

José Correia da Serra (1751-1823), proeminente botânico, naturalista e diplomata, terá no dia 15 de setembro uma sessão evocativa dedicada aos serviços que prestou à comunidade científica e à instituição que ajudou a estabelecer em 24 de dezembro de 1779.

Contudo, esta homenagem vai além das palavras. Pintado pela mão do artista italiano Domenico Pellegrini, no ano de 1799, o retrato de José Correia da Serra foi alvo de uma recente intervenção de conservação e restauro. A Academia das Ciências de Lisboa agradece à técnica de restauro Maria Monforte, por ter devolvido ao rosto de Correia da Serra – na altura com 48 anos – o brilho e a vivacidade originais.

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Destaque da Biblioteca – setembro

Fragmento de Papel Egípcio

Dado pelo cardeal Borgia ao Sr. José Correia da Serra e por este dado à Academia

No âmbito do bicentenário do desaparecimento de José Correia da Serra que se assinala no próximo dia 15 de setembro, no Salão Nobre da ACL, a Biblioteca destaca para o presente mês o “Fragmento de Papel Egípcio” (MA 1724) oferecido pelo Cardeal Stefano Borgia (1731-1804) ao Abade, e posteriormente cedido à Academia das Ciências de Lisboa. Produzido em papiro, este manuscrito, agora conservado entre duas lâminas de vidro, apresenta uma composição textual em alfabeto copta, possivelmente datado entre os séculos IV e V a.C. O vasto conjunto de antiguidades egípcias, inventariado por George Zoëga em Catalogus codicum Copticorum manuscriptorum qui in Muse Borgiano velitris adservantur (1810), formava a coleção da casa-museu de Velletri, residência oficial da família Borgia, evidenciando o espírito de colecionismo privado e o crescente interesse pelo Oriente que marcou a época de Oitocentos. Sobre as circunstâncias em torno desta oferta a Correia da Serra pouco se conhece, ainda que durante a sua formação em Itália, entre 1757 e 1777, tenha contactado com relevantes figuras do seu tempo, entre as quais o Cardeal Borgia, Secretário da Congregatio de Propaganda Fide.

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Documento do Mês (AH) – Setembro

Parecer de José Correia da Serra, secretário da Academia das Ciências de Lisboa

Minuta manuscrita com proposta de criação de sociedades de agricultura correspondentes para o desenvolvimento da agricultura e da indústria portuguesas, s.d.

O Arquivo Histórico da Academia das Ciências de Lisboa e a iniciativa “Documento do Mês” associam-se, no decorrer do mês de setembro, às atividades em torno da Evocação de José Correia da Serra no bicentenário da sua morte, a assinalarem-se no próximo dia 15, no Salão Nobre da ACL.

Figura incontornável para a história da ciência e das relações diplomáticas em Portugal, José Correia da Serra (1750-1823) prestou contributos fundamentais para a definição de uma visão e programa científico ilustrados, a partir dos quais o conhecimento procurasse ter uma finalidade utilitária. Tendo em vista uma melhoria das condições económicas do país, as questões em torno da agricultura estiveram amplamente presentes no núcleo programático fundacional da Academia das Ciências de Lisboa, consubstanciado no seu Plano de Estatutos (1780), no qual ficava regulamentada uma Comissão para a Indústria, reunindo as “observações e cálculos da Natureza” e a “prática dos Agricultores”, de acordo com o pensamento empírico de aplicação do conhecimento. Foi, neste contexto, que surgiu a proposta de se estabelecerem sociedades de agricultura, organismos correspondentes à ACL que “recebessem della as ideas, os projectos, as sementes novas E que a interrogassem em todas as suas duvidas, e que juntamente lhe comunicassem as suas experiencias”. Como tal, os seus membros deviam ser proprietários de terrenos, escolhendo entre si um diretor e secretário, reunindo semanalmente, e ficando os limites de atuação de cada organismo circunscritos à sua província, como se lê no parecer de José Correia da Serra, secretário da ACL, que agora destacamos no “Documento do Mês” de setembro. Ainda que a proposta não tenha sido imediatamente discutida em Assembleia, uma vez que não consta qualquer referência nos livros de atas (AMARAL, Ilídio do – Nótulas históricas sobre os primeiros tempos da Academia das Ciências de Lisboa. In Memórias da Academia das Ciências de Lisboa. Classe de Letras. Lisboa: Academia das Ciências, 2010, p. 11), desconhecendo-se a concretização prática destes organismos, temos conhecimento da sua aprovação, mais tarde, a 27 de março de 1790, saindo igualmente gorada a sua aplicação. No entanto, as publicações sobre agricultura ocuparam profusamente os primeiros anos da atividade editorial da ACL contribuindo para a reflexão e discussão dos problemas económicos nacionais, publicações que contaram com imprescindíveis contributos de José Correia da Serra, nomeadamente nas Memórias Económicas da Academia Real das Ciências de Lisboa, para o Adiantamento da Agricultura, das Artes e da Indústria em Portugal, e suas Conquistas, publicadas entre 1789 e 1815.

Documento Completo

Transcrição do Documento

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Documento do Mês (AH) – Agosto

Carta manuscrita da Real Biblioteca para Alexandre António Vandelli, guarda-mor da Academia das Ciências de Lisboa, 7 de abril de 1826

Carta noticiando a destruição dos livros oferecidos ao Gabinete de S. Majestade Imperial aquando do regresso da Coroa a Portugal

Quando a 29 de novembro de 1807, no decorrer das invasões francesas, o príncipe regente D. João VI (r. 1792-1826) decide transferir a corte para o Brasil conservando a soberania do império, dá-se início ao período de crise da monarquia absoluta e à emergência do Liberalismo português. Entre o descontentamento crescente e o agravamento da situação económica, o programa de independência nacional ambicionava a salvaguarda da monarquia sob o signo da Regeneração, dotando o novo regime político de um parlamento eleito encarregue de redigir uma constituição. A Revolução Liberal de 1820, iniciada no Porto, mas que rapidamente se estendeu ao território continental, reclamava o regresso imediato da família real e da Corte portuguesa, que se deu a 4 de julho de 1821.

Os tempos de revolução que se seguiram ininterruptamente ao longo da primeira metade do século XIX, significaram para a Academia das Ciências de Lisboa uma fase de abrandamento das suas atividades e da produção historiográfica que até então vinha a desenvolver sob o signo do progresso da investigação científica motivada pelo espírito iluminista. Ainda assim, a atividade de impressão e publicação de obras na Tipografia da Academia continuou, bem como o envio de remessas de livros para entidades nacionais e estrangeiras. No “Documento do Mês” de agosto destacamos uma carta manuscrita da Real Biblioteca que noticia a Alexandre António Vandelli, guarda-mor da ACL, a destruição de várias obras oferecidas ao Gabinete Real e Imperial, que “apenas chegavão, desaparecião”. Entre as demais, assinala-se o desaparecimento de exemplares da edição de “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões, assim como outras obras de cunho técnico científico, como os “Apontamentos para a historia das minas de Portugal”.

 

Documento Completo

Transcrição do Documento