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Situado nos espaços da antiga cozinha conventual, o Museu Maynense integra, desde 2015, uma Galeria de exposição permanente das suas mais relevantes coleções. Localizados no Museu, ou distribuídos pelos espaços da instituição, podemos referir os seguintes principais núcleos:

 

Instrumentos científicos e materiais pedagógicos
Legado da Viagem Filosófica
Arqueologia do Terramoto de 1755
Artes decorativas
Azulejos
Pintura
Escultura

Instrumentos científicos e materiais pedagógicos

Um elevado número de objetos do Museu Maynese está associado ao ensino das ciências experimentais na instituição, onde, até ao início do século XX, foram lecionadas disciplinas como a Anatomia, Geografia, Geologia, História Natural, Física, Química e Zoologia. Foram sobretudo adquiridos no decorrer século XIX, merecendo destaque os seguintes exemplares:

Modelos anatómicos clássicos

Para o estudo do corpo humano e os seus vários sistemas, o conjunto de modelos anatómicos desmontáveis, feitos em papier maché e encomendados ao anatomista francês Louis Auzoux, em 1853, eram utilizados nas aulas de anatomia.

Instrumentos científicos

Centenas de instrumentos científicos adquiridos nos séculos XVIII, XIX e XX, para o Gabinete de Física da Academia, bem como importantes objetos e materiais para o ensino da Química (equipamento laboratorial e reagentes químicos).

Espécimes zoológicos

De variadas proveniências, uma grande parte das espécies naturalizadas do museu foi utilizada para apoio nas aulas de História Natural e Zoologia. Originárias sobretudo do Real Museu da Ajuda, são compostas por uma variada amostra de animais taxidermizados como aves, peixes, mamíferos, répteis e anfíbios.

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Legado da Viagem Filosófica

Material etnográfico e de história natural, recolhido pelo naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815) durante a sua expedição científica à Bacia do Amazonas no Brasil, entre 1783 e 1792. Sob ordem da coroa, Alexandre Rodrigues Ferreira ficou responsável, durante nove anos, por descrever, recolher, acondicionar e remeter para Lisboa utensílios e materiais utilizados pelas populações locais, bem como amostras de espécimes minerais, botânicos e zoológicos. O Museu Maynense possuí no seu acervo centenas de exemplares desta expedição científica.

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Arqueologia do Terramoto de 1755

No ano de 2004, na sequência de obras de restauro, foi realizada uma escavação arqueológica no claustro do antigo convento que veio a revelar dados relevantes para o conhecimento da sua história e da cidade de Lisboa. Foram encontrados na ala sul do claustro numerosos vestígios arqueológicos e osteológicos das vítimas do terramoto de 1755. Depositados sobre as sepulturas da necrópole conventual, identificaram-se centenas de restos humanos dispersos e misturados com restos de animais, objetos, fragmentos de edifícios, carvão ou cinzas.

Artes decorativas

Entre os testemunhos da vivência dos religiosos franciscanos no antigo Convento da Nossa Senhora de Jesus, sublinhamos cerâmicas que pertenceram à antiga botica do convento, oratórios ou um rosário de âmbar oferecido pelo rei consorte, D. Pedro III (1717-1786), ao seu confessor, fr. José Mayne.

Azulejos

A revestir as superfícies interiores e exteriores, os azulejos do antigo Convento da Nossa Senhora de Jesus são elementos estruturantes na sua arquitetura. A produção azulejar do edifício – que inclui painéis desde a primeira metade do século XVIII até à atualidade – confirma as múltiplas soluções e técnicas de uma das expressões mais identitárias da produção artística portuguesa.

Pintura

Coleção de pintura constituída por centenas de obras, sobretudo retratos, de variadas técnicas e cronologias. Destaca-se o conjunto conventual, com a representação de figuras notáveis do Convento de Jesus como fr. Mayne e Fr. Manoel do Cenáculo Villas-Boas, bem como retratos da família real portuguesa e inglesa.

Escultura

Da coleção de esculturas destacam-se os bustos de Alexandre Magno e de imperadores romanos, em mármore, assim como de fundadores da Academia, de que é exemplo o busto de D. João de Bragança, 2.º duque de Lafões e 1.º Presidente da Academia, assinado por Joaquim Machado de Castro (1731-1822)