Perfil
Miguel Bastos Araújo: Licenciado em Geografia e Planeamento Regional pela Universidade Nova de Lisboa (1994), realizou Mestrado em Conservação (1995) e Doutoramento em Geografia na University College de Londres (2000). Detém a Cátedra de Biodiversidade da Universidade de Évora e é investigador coordenador no Museo Nacional de Ciencias Naturales de Madrid (CSIC), onde foi vice-diretor, sendo ainda Editor-Chefe da revista científica internacional Ecography. Anteriormente, foi investigador no Natural History Museum de Londres, no Centre d’Ecologie Fonctionnelle et Evolutive (CNRS), em Montpellier, na Universidade de Oxford e Professor Catedrático nas Universidades de Copenhaga e Imperial College de Londres. Participou na preparação de diversos documentos de aconselhamento científico no âmbito da política de ambiente, designadamente do IPCC, DIVERSITAS e Conselho da Europa. É membro do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e assessor científico do Programa da NATO para a Ciência, Paz e Segurança.
Dedica-se ao estudo da distribuição espácio-temporal dos organismos vivos e sua relação com o clima, tendo desenvolvido trabalho pioneiro no tratamento da incerteza em modelos biogeográficos. No domínio das aplicações, está particularmente interessado no desenho de instrumentos de decisão que permitam soluções otimizadas para a biodiversidade e sociedade. Nestes domínios publicou >250 artigos em revistas científicas internacionais, tendo, em 2021, sido identificado pela Thomson Reuters no topo da hot list dos investigadores climáticos mais influentes do mundo. Desde 2014, tem vindo a ser nomeado anualmente investigador Highly Cited. O seu trabalho recebeu diversos galardões internacionais, designadamente os prémios Ernst Haeckel, atribuído pela European Ecological Federation (2019), Rey Jaume I, entregue pelos Reis de Espanha (2016), Wolfson Research, pela Royal Society de Londres (2014), Ebbe Nielsen, pelo Global Biodiversity Information Facility (2013), e MacArthur and Wilson, pela International Biogeography Society (2013). Em Portugal recebeu o Prémio Pessoa (2018) e o Prémio Nacional de Ambiente Fernando Pereira (2020).