Placa comemorativa da fundação da Instituição Vacínica
No mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, celebramos um marco importante na História da instituição: a fundação da Instituição Vacínica. Após a descoberta da vacina da varíola por Edward Jenner, em 1798, coube à Academia Real das Ciências de Lisboa o lançamento do primeiro programa sistemático, extensivo a todo o território nacional, de vacinação contra a doença.
Na assembleia ordinária dos seus sócios efetivos, realizada a 8 de abril de 1812, o médico e académico Bernardino António Gomes propôs a ideia de promover a criação de comissões vacínicas «a benefício da Saúde Pública». Assim nascia a Instituição Vacínica que fomentou condições para a disseminação do processo de inoculação em todo o país e reuniu informações das experiências observadas de modo aperfeiçoar a sua aplicação.
Ao núcleo inicial – constituído pelos sócios médicos Francisco Soares Franco, Francisco de Melo Franco e José Martins da Cunha Pessoa – associaram-se posteriormente muitos outros nomes, unidos pelo compromisso público e social. Através dos relatórios publicados sabemos que terão sido vacinados 89.979 indivíduos entre 1812 e 1822.
Não ignoramos o papel fundamental das mulheres neste esforço coletivo, como documenta a placa comemorativa localizada na antecâmara da Sala das Sessões. A primeira inoculação foi realizada por Ângela Tamagnini na cidade de Tomar, seguida pelos contributos de Maria Isabel Van Zeller, Luísa Adelaide de Magalhães Coutinho e Ana Raquel Cid de Madureira.
Convidamo-lo a saber mais através de uma visita à exposição documental localizada na antecâmara da Sala de Leitura da Academia das Ciências de Lisboa.