Assinalou-se a 3 de julho de 2025 o Dia da Academia com vários momentos que demonstraram a vitalidade e importância da Academia das Ciências de Lisboa (ACL) no panorama das Ciências e da Cultura nacionais.
A cerimónia iniciou-se no Salão Nobre quase cheio e com transmissão por videoconferência em direto, com uma comunicação do Presidente da ACL, José Francisco Rodrigues, que, evocando o seu contexto histórico e a próxima data dos seus 250 anos a 24 de dezembro de 2029, evidenciou as atividades que decorreram e que vão decorrer em 2025 na perspetiva da “Missão Necessária” da Academia.
De seguida, a Presidente do Instituto de Altos Estudos, Maria Salomé Pais, expôs na apresentação “O Instituto de Altos Estudos da ACL e a sua missão” a atividade do instituto desde 1931, mostrando as transformações ocorridas e como mantiveram os objetivos da divulgação da ciência e da promoção do conhecimento científico.
Nas duas comunicações complementares que se seguiram, sob o tema “A Academia das Ciências e os Oceanos pós-Nice2025”, o académico Miguel Miranda, Vice-Presidente da Classe de Ciências, evocando dados da Geofísica e as recentes conclusões da Ciência, concluiu que “oceano tem sido amplamente ignorado, mas agora é hora de colocá-lo na vanguarda da observação, pesquisa e modelação”. Em seguida, o académico Ricardo Serrão Santos, abordou “o oceano na gramática da ONU — da UNOC1 à UNOC3, analisando a Declaração e os Compromissos assinados na cimeira de Nice em 2025, as leituras políticas e a articulação entre países para ação eficaz da ONU nos oceanos, relevando-se em ambas comunicações os desafios que se colocam, em particular, à Academia das Ciências, na corrente Década dos Oceanos.
Um momento central foi a saudação aos novos sócios da ACL, primeiro aos novos quatro Sócios Honorários, tendo o académico Emílio Rui Vilar assinalado esse momento com uma breve intervenção, e, de seguida, aos 38 novos Sócios Correspondentes da Classe de Ciências e da Classe de Letras, eleitos em dezembro de 2024 e junho de 2025, tendo os presentes assinado o respetivo compromisso de sócio correspondente. De seguida, os vencedores do Prémio de História Júlio Fogaça receberam os respetivos diplomas.
Por fim, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, encerrou a cerimónia com um discurso onde aludiu aos desafios atuais da Academia das Ciências de Lisboa, tendo-a convidado para participar na Revisão da “Lei da Ciência” que, num futuro próximo, se prevê dar lugar a uma “Lei da Ciência e da Inovação”.
A cerimónia terminou com o concerto de “Os Músicos do Tejo” no Salão Nobre e um “Porto de Honra” no Claustro celebrando solenemente, uma vez mais, o Dia da Academia.