Programa: ao encontro da sociedade

Ciclo de Conferências: SAÚDE GLOBAL, DESAFIOS e AMEAÇAS

A globalização mudou o mundo, tal como era conhecido de nós todos. Para as pessoas, bens, serviços, produtos, e até ideias, deixou de haver fronteiras formais, a separar lugares e países. Aprendemos, em tempos recentes, que certas doenças comportam um elevado risco de transmissibilidade, como foi o caso da COVID-19 e, como tal, de ultrapassar fronteiras físicas. Antes já outras epidemias (SARS, gripe aviária, influenza H1N1) tinham colocado em estado de alerta as organizações supranacionais, a quem compete estabelecer, organizar e difundir as medidas destinadas à prevenção e ao controlo.

Em vários domínios, a globalização acrescentou vulnerabilidade à nossa própria condição humana e reforçou a ideia de uma interdependência muito maior entre os países e comunidades em geral. As novas doenças e os novos vetores, o bioterrorismo, a poluição têm um inegável impacto na saúde das pessoas e necessitam de acordos supranacionais para a sua resolução.

A mobilidade das pessoas, por lazer ou por negócios, passou a ser a regra do nosso tempo. Os problemas da saúde transcendem todos as fronteiras e têm um impacto geral na organização, no funcionamento e nos custos dos serviços de saúde.

A assimetria na distribuição da riqueza no mundo associa níveis de bem-estar e de qualidade da saúde muito díspares. Há uma grande desigualdade no acesso aos serviços e cuidados de saúde, o que se vai refletir em indicadores demográficos como a morbilidade e a mortalidade. A lembrar também o recrutamento de pessoal de saúde qualificado por parte dos países ricos, que empobrece os já limitados recursos humanos dos demais países.

É hoje claro que os determinantes da saúde, as condições de doença e a organização dos sistemas de prestação de cuidados têm implicações dinâmicas e exigem estratégias globais. Promover a saúde nos países pobres é não só uma responsabilidade global; para alguns países desenvolvidos é sobretudo uma forma indireta de proteger a saúde das suas próprias populações, porque a globalização os expõe a riscos.

O combate concertado às alterações climáticas é imperioso para promover melhor saúde para todos. A prioridade é melhorar as condições para termos melhor saúde, promovendo a equidade entre os países, para alcançar uma sociedade mais justa, sustentável que procura reforçar os direitos humanos.

Date

26 Nov 2025

Time

8:00 - 18:00

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Location

online catalog

Organiser

Academy of Sciences of Lisbon
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